Edson Moura sofre derrota pela quarta vez, sendo essa com uma diferença de mais de 12 mil votos
Com a candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo
(TRE-SP), os votos de Edson Moura estão anulados sub judice.
Edson Moura (Avante) sofreu
a quarta derrota nas urnas no último domingo (6). Os eleitores optaram por Danilo Barros e a continuidade do governo Du Cazellato. A
diferença para o eleito foi de cerca
de 18 pontos, o equivalente a mais
de 12 mil votos.
Com a candidatura indeferida
pelo Tribunal Regional Eleitoral de
São Paulo (TRE-SP), os 20.053
votos (30,88%) de Edson Moura
(Avante) estão anulados sub judice. Se o Tribunal concordar com a
primeira instância e manter o indeferimento, os votos são considerados nulos em definitivo.
O indeferimento da candidatura de Moura se deu a partir de
uma ação movida pelo Ministério
Público Eleitoral (MPE), por meio
da promotora Paula Alessandra de
Oliveira Jodas, mencionando oito
condenações definitivas por atos
de improbidade administrativa e
enriquecimento ilícito. Após a intimação, a defesa de Moura contestou, alegando que ele já estava
inelegível desde 2012, superando
assim o período de oito anos de
inelegibilidade imposto pela Lei da
Ficha Limpa.
Contudo, a sentença proferida
pelo juiz eleitoral Lucas de Abreu
Evangelinos reconheceu a inelegibilidade de Moura, conforme
decisão do relator e desembargador Marcelo Vieira de Campos, do
TRE-SP, devido a uma condenação por corrupção eleitoral julgada
em março de 2021. Como Moura
completou 70 anos em 2 de fevereiro de 2020, a sentença retroage
para essa data, tornando-o inelegível até 2028. Em 2022, após várias tentativas judiciais para concorrer a uma
vaga como deputado federal, o
ex-prefeito Edson Moura teve a
candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral em 9 de outubro de
2022.
Moura já estava vetado de
concorrer ao cargo eletivo desde
19 de setembro do mesmo ano,
quando o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) indeferiu sua candidatura. Mesmo assim,
ele continuou a fazer campanha,
e os 9.866 votos que recebeu no
Estado, sendo 5.459 em Paulínia,
foram anulados pela Justiça.
Em 2020, Edson Moura apoiou
a esposa Nani Moura, que perdeu
as eleições para Du Cazellato. A
diferença de votos foi de mais de
7 mil.
Um ano antes, nas eleições
suplementares, Edson Moura já
havia sido derrotado ao apoiar a
esposa Nani, que não conseguiu
se eleger. Na época Du Cazellato
teve a preferência dos eleitores e
obteve 1.908 votos a mais.
Trajetória de Edson Moura
Edson Moura, ex-prefeito de Paulínia, administrou a cidade nos seguintes mandatos, respectivamente, de 01/01/1993 até31/12/1996; de 01/01/2001 até31/12/2004; e, de 01/01/2005 até 31/12/2008. Durante esses mandatos, Edson Moura, por decisões polêmicas, ilegais e imorais (que ocasionaram em prejuízo ao erário do Município de Paulínia), colecionou inúmeros processos de improbidade, alguns já se encerraram com condenações de inelegibilidade e de devolução de dinheiro, e outras ações continuam, ainda, em andamento até o presente momento.
Fonte: Jornal Tribuna | Edição 1.110
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