MPT capacitará servidores de Paulínia para enfrentar futuros casos de trabalho escravo
O Ministério Público do
Trabalho (MPT), em parceria
com a Superintendência Regional do Trabalho e a Defensoria
Pública da União capacitará
servidores da Prefeitura de Paulínia para identificar e combater
o trabalho escravo.
O MPT está oferecendo
uma capacitação gratuita para
servidores municipais ligados às
atividades de assistência social
e saúde dos municípios, com
a finalidade de dar subsídios
para a identificação e apuração
dos casos de trabalho análogo
à escravidão.
O evento com capacidade para 240 pessoas será
realizado presencialmente em
Piracicaba, no auditório da Secretaria Municipal de Educação,
no dia 13 de maio, das 08h30
às 12 horas. Os interessados
devem se inscrever pelo link:
https://forms.gle/HEd3ciKZTNCscM6c8.
A capacitação integra as
ações promovidas pela Rede de
Promoção do Trabalho Decente para imigrantes e refugiados,
mantida pelo Ministério Público do Trabalho, Superintendência Regional do Trabalho,
Defensoria Pública da União,
entidades e municípios da região.
O objetivo central da formação “Identificando o trabalho análogo à escravidão da
contemporaneidade” é capacitar trabalhadores dos serviços
de saúde, assistência social e outras políticas públicas na identificação, apuração e denúncia de
casos de pessoas em situação de
trabalho análogo ao de escravo,
de modo a conhecer e se apropriar dos fluxos existentes.
O debate contará com a
presença do procurador do trabalho Marcus Vinicius Gonçalves, atual coordenador regional
na 15ª Região da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Tráfico de
Pessoas (CONAETE), do auditor-fiscal do trabalho Paulo
Roberto Warlet da Silva e do
defensor público federal Ricardo Kifer Amorim.
O auditório da Secretaria
Municipal de Educação de Piracicaba fica na Rua Cristiano
Cleopath, 1902, bairro dos Alemães.
Atuação institucional - O
MPT na 15ª Região, cuja circunscrição abrange 599 municípios do interior de São
Paulo e litoral norte paulista,
recebeu 326 denúncias de trabalho análogo à escravidão no
ano de 2023, um crescimento
de 89,5% em relação ao ano anterior, quando o MPT recebeu
172 denúncias.
O número de termos de
ajuste de conduta (TAC) celebrados com empregadores que
reduziram trabalhadores à condição análoga à escravidão, ou
que se utilizaram do tráfico de
pessoas, também cresceu na Regional da 15ª Região: em 2023
foram firmados 76 TACs e, em
2022, 53 TACs, um aumento de
43,3%.
Em 2022 foram ajuizadas
9 ações civis públicas contra
pessoas ou empresas flagradas
cometendo a prática de trabalho escravo, e em 2023 foram
ajuizadas, também, 9 ações civis
públicas com este objeto.
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