Justiça condena Sumaré a pagar indenização por morte de adolescente
O caso é de 2011, mas a situação se repete em 2024. Em abril, um morador de Sumaré,
63 anos, morreu depois de não ter o diagnostico da doença na rede pública da cidade.
A justiça condenou as prefeituras de Nova Odessa e Sumaré a
pagarem uma indenização de R$
300 mil a um homem de 54 anos,
residente de Sumaré, que era pai
de uma menina que faleceu em 28
de fevereiro de 2011, aos 13 anos,
devido a um quadro de dengue
agravado por tratamento inadequado na saúde pública dos dois munícipios.
A Prefeitura de Nova Odessa
disse ao jornal o LIBERAL que não
irá se manifestar, pois o caso é de
2011.
Sumaré, no entanto, afirmou que aguarda intimação e analisará
a situação com vistas a eventual
interposição de recursos em instâncias superiores.
Na época em que o caso aconteceu, a vítima chegou a dar entrada no dia 22 de fevereiro de 2011
em uma UPA de Sumaré e logo em
seguida recebeu alta. A jovem retornou no dia seguinte à mesma unidade, porém foi diagnosticada com
amidalite e mandada para casa.
Preocupados com o quadro
de saúde da filha, que começava
a apresentar sintomas mais graves da doença, os pais a levaram
no dia 24, no Hospital de Nova
Odessa. Ela passou por exames
que apontaram baixa contagem de
plaquetas, mas mesmo assim foi
liberada e não foi diagnosticada.
Devido às falhas no tratamento,
a família entrou com processo na
Justiça pedindo indenização de R$
100 mil por danos morais.
“Não foram praticadas todas as
condutas médicas necessárias e o
óbito da menor foi diretamente resultante do atendimento médico faltoso”, ponderou o relator do recurso e desembargador Sidney Romano
dos Reis.
O caso é de 2011, mas a situação se repete em 2024. Em abril,
um morador de Sumaré, 63 anos,
também foi vítima fatal da dengue.
Aparecido deu entrada em uma
UPA de Sumaré, não foi diagnosticado e a família o levou até o
hospital municipal de Nova Odessa, aonde veio a óbito como mais
uma vítima da negligência da saúde pública. A Prefeitura de Sumaré
não se manifestou sobre o caso de
Aparecido.
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