Justiça condena Pavan à prisão por repasses ilegais de R$ 13,2 milhões para empresa
Além do ex-prefeito, dois ex-secretários receberam condenações similares, e multa
Pavan é condenado à prisão por fazer repasse de R$ 13,2 milhões para empresa de forma ilegal.
A juíza da 1ª Vara de
Paulínia, Patrícia
Ribeiro Bacciotti
Parisi, condenou o ex-prefeito de Paulínia José
Pavan Junior a quatro
meses e 22 dias de prisão,
em razão de repasses financeiros, que chegam a
R$ 13,2 milhões, feitos de
forma irregular para uma
construtora.
Dois secretários de Pavan à época, a advogada
Flávia Helena Bongiorno
Bertoni, que ocupava a
Secretaria de Negócios Jurídicos, e o professor universitário Luciano Aparecido de Lima, responsável
pela pasta de Finanças,
receberam condenações
similares. Além disso,
cada um terá que pagar
uma multa de 100 Ufesp
(Unidade Fiscal do Estado
de São Paulo), ou R$ 3.536,
em valores atuais.
De acordo com o MP (Ministério Público), responsável pela ação, Pavan autorizou, quando
era prefeito, entre 6 de
fevereiro de 2015 e 31 de
dezembro de 2016, um repasse de R$ 11, 6 milhões
e outro de R$ 1,6 milhões
para o Residencial Bom
Retiro.
No entanto, Pavan não
poderia ter destinado tais
valores em forma de subvenção, já que empresas
privadas e com fins lucrativos não podem receber
recursos públicos dessa
forma, segundo a lei. Para
que ocorram subvenções,
obrigatoriamente, o órgão que recebe os recursos públicos deve prestar serviços de interesse
público do terceiro setor,
como serviços de cultura
e educação.
No caso em questão,
o Residencial Bom Retiro iria produzir casas para vende-las, e assim
lucrar. Mesmo assim,
Pavan e seus secretários
encaminharam milhões
para a empresa, segundo o entendimento da
Justiça e da promotoria.
Além disso, para que uma
subvenção seja destinada
para alguma entidade, é
necessário aprovação na
Câmara e uma lei específica sobre o tema, o que
não ocorreu com os repasses de Pavan.
A Justiça permitiu que
os condenados recorram
em liberdade. Na decisão,
a juíza informou que não
foi possível apontar que
o trio se beneficiou com
os recursos.
Não conseguimos contato com nenhum José Pavan Junior,
Flávia Helena Bongiorno
Bertoni e Luciano Aparecido de Lima. Caso
queiram se manifestar, o
espaço está aberto.
Fonte: Zatum Notícias | Raoni Zambi
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