Toda Embalagem tem as Promessas do Produto
Ilustração: RD Marketing e Integração |
Este exemplo serve para que você entenda a funcionalidade das políticas públicas de nosso município, que vivendo de promessas não conseguem ofertar um produto eficientemente bom para a população.
Vereadores, Casa Legislativa, Executivo e programas sociais, instituições e associações que poderiam dispor de um produto eficaz contra as desigualdades sociais, preferem criar a bendita e milagrosa propaganda daquilo que não funciona, ou seja, a “propaganda é a alma do negócio”.
A representação pública e o produto dela, é forjada com propaganda enganosa, com promessas de solução para os problemas e carências populares, quando na verdade o produto (resultado final) não alcança as expectativas do consumidor ou eleitor.
A promessa dos políticos e representantes da sociedade civil são usadas igualmente as promessas das embalagens, para ocultar a ineficiência do produto, gerando um efeito placebo, um efeito de crença popular em achar que as coisas estão boas, quando na verdade a caspa do couro cabeludo ainda não foi exterminada.
Esta promessa não cumprida é óbvia e escancarada para aqueles que têm consciência do funcionamento mentiroso das políticas públicas, e a propaganda engana e funciona para aqueles que acreditam em promessas. A verdade é que o produto não resolve as necessidades nem atende aos interesses da maioria, mas as promessas são quase que sagradas, e a mentira das promessas enganam os fiéis que consomem e se sentem satisfeitos com a insuficiência do produto. O que importa entre nós é a estética, a mentira e a ilusão de que aquilo funciona.
Acreditamos que o CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) funciona, quando na verdade as instituições estão vazias e funcionando para proteger o Estado e manter as desigualdades, pois se o produto funcionasse como prometido na embalagem, o CRAS estaria superlotado e os problemas da desigualdade econômica e social estariam reduzidos. Mas o produto não funciona.
A promessa da educação de qualidade na rede pública de ensino, a promessa de uma saúde pública para todos (SUS), são também exemplos da eficiência da propaganda política e da ineficiência das políticas públicas.
O Conselho Municipal dos Direitos das Pessoa com Deficiência (CMDPD) são a expressão viva do que quero falar, pois não existe conselho, não existem políticas de inclusão para a pessoa com deficiência, não existe resultado do produto impactando positivamente na vida das pessoas com deficiência. O conselho esta ausente do cotidiano das pessoas e não ofertam nada além das promessas, da imagem utópica da solução dos problemas. Não existe trabalho que se possa ver, pois não chegou por aqui nenhuma novidade sobre a inclusão de pessoas com deficiência e programas que a favorecem para reduzir desigualdades.
Nas eleições para representantes da sociedade civil, as promessas do produto se faz visível e até os grandes publicitários (Vereadores e Prefeitos) surgem para mascarar o péssimo produto que a propaganda partidária oferece para a população (oportunismo político e partidário). Os mestres da enganação gostam de dizer que o CMDPD vai ajudar na vida prática das pessoas com deficiência, mas são eles os que nos enganam com um trabalho que não tem impacto em nossas vidas.
Cadê o CMDPD no nosso cotidiano? Cadê os representantes da sociedade civil fora da temporada das eleições? Esta tudo em silêncio por enquanto, até o momento em que desenvolvem um novo produto com uma nova embalagem, prometendo novas soluções.
Os direitos da população não passam de promessas não cumpridas de um produto sem qualidade. Parabéns aos Vereadores e representantes da sociedade civil por demonstrarem como se faz para iludir os desesperados. Paulínia precisa mais do que propaganda!!!!!
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