Abu Dhabi troca Petróleo por Turismo.
A realidade mostrada no mundo condiz com projetos bem elaborados e bem orquestrados. Enquanto o desenvolvimento em outros locais do mundo se dá de maneira visionária e bem organizada, visando uma distribuição e catalização de recursos para o sustento de um país riquíssimo em petróleo como na região do oriente médio. Em outros locais, como Paulínia, temos um administrador cabeça dura e cego. Porque investir hoje no turismo é algo realmente rentável, mas isso não interessa para um prefeito que vai passar pela cidade e deixar sua marca de incompetência e falta de visão. O turismo é mesmo a bola da vez, tanto que até Abu Dhabi já dá o exemplo do que vai ser no futuro.
GOLFO PÉRSICO. Capital dos Emirados Árabes Unidos, em Abu Dhabi o petróleo é fonte de recursos para investimentos em cultura e entretenimento
GOLFO PÉRSICO. Capital dos Emirados Árabes Unidos, em Abu Dhabi o petróleo é fonte de recursos para investimentos em cultura e entretenimento
LUXO POUCO É BOBAGEM
Abu Dhabi, Emirados Árabes – E os árabes se deram conta de que, um dia, o petróleo vai acabar. Talvez seja o exemplo de Dubai, mesmo apesar da crise de 2009. Talvez, a visão de futuro de seus xeques, diplomados em universidades ocidentais. Mas o fato é que os Emirados Árabes Unidos andam transformando petróleo em entretenimento e cultura. E Abu Dhabi, sua capital política, assiste ao surgimento de duas ilhas pensadas para potencializar isso. A Ilha Yas, construída em 2007, já abriga o badalado Ferrari World, parque temático da famosa escuderia italiana. Já a Ilha Saadiyat, onde até 2010 só se chegava de barco, vê nascer cinco luxuosos resorts e museus como o Louvre e o Guggenheim. Num passeio por lá é possível entender o significado real do luxo.
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Trocando petróleo por entretenimento
A apenas 15 minutos de carro do centro de Abu Dhabi fica a Ilha Saadiyat, ou a “ilha da alegria” – mais um audacioso projeto do governo local para colocar a capital dos Emirados Árabes Unidos de uma vez por todas no mapa-múndi do turismo.
Ilha Saadiyat |
Até 2020 (se tudo correr dentro do previsto), a ilha de 27km que até pouco tempo só era acessada por barco abrigará cinco resorts de luxo, três museus internacionais (um Louvre, um Guggenheim e um Museu Histórico), uma marina capaz de receber mais de mil embarcações e um campo de golfe à beira-mar desenhado pelo sul-africano Gary Player – um dos melhores jogadores de golfe do mundo.
Para tirar do papel todos esses projetos, o governo de Abu Dhabi montou um órgão de turismo independente, o Tourism Development & Investment Company (TDIC), e contratou nada menos do que três prêmios Pritzker de arquitetura. Assim, está previsto que em 2015 o francês Jean Nouvel inaugure o Louvre Abu Dhabi, que em 2016 o britânico Norman Foster abra as portas do Zayed National Museum, e que em 2017 o canadense naturalizado americano Frank Gehry revele o interior do mais novo Guggenheim.
São os árabes trocando petróleo por cultura.
Por enquanto, a Ilha Saadiyat consiste num imenso areal em obras, e apesar de questões trabalhistas apontadas pela Human Rights Watch em 2009, já abriga dois dos cinco resorts planejados:
o St. Regis e o Park Hyatt – Mandarin Oriental, Shangri-La e Saadiyat Rotana estão em construção. Erguidos numa praia de areia branca e água turquesa com nove quilômetros de extensão, os dois elevam o conceito de luxo a patamares estratosféricos – afinal, precisam disputar hóspedes com os outros hotéis cinco estrelas abertos na cidade entre setembro e dezembro do ano passado: Westin (que também pertence à rede Starwood, assim como o St. Regis), Rocco Forte, Hyatt Capital Gate e Jumeirah Etihad Tower.
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