Servidores o que é só um Pontinho?
Servidores Públicos um forte abraço.
Olá caros companheiros funcionários públicos grevistas ou não. Começo falando dessa forma não para salientar uma coisa e nem a outra, porque para mim, todos vocês fazem parte da mesma família profissional. E tenho um grande apreço por todos, acima de qualquer coisa. Mas temos que aprender uma coisa. Independente de quaisquer movimentos, sindicatos ou governos.
Nós trabalhamos juntos nas repartições e dividimos uma grande parte da nossa vida com o colega de trabalho. Que muitas vezes acaba se tornando aquele melhor amigo. Damos risadas, sentimos as frustrações e alegrias juntos, vemos a realização profissional um do outro de perto, torcemos até para o mesmo time muitas das vezes. Acompanhamos de perto o crescimento dos filhos e dos netos de funcionários que estão ali junto conosco nessa empreitada para servir a população. Serviço esse que realizamos com carinho e dedicação. Presenciamos também a aposentadoria de muitos e até mesmo o falecimento de estimados amigos servidores.
Bom começo dizendo tudo isso, porque essa semana chegou até meu conhecimento um fato que esta acontecendo na área da Educação de Paulínia. Como todos sabem na Secretaria da Educação é usado um sistema de pontuação todos os anos para fazer a famosa "Remoção". Só que este ano devido a greve dos servidores, esta havendo um tumulto na hora de computar os pontos. Mais uma vez estão fazendo diferença entre grevistas e não grevistas. Me parece que o problema se baseia apenas em "1 - um" mísero pontinho. Ora pessoal deixa eu entender, ou melhor, explicar uma coisa. Um movimento grevista representa legalmente toda uma categoria e não somente uma parcela, ou seja, as reivindicações eram para todos, independente de serem grevistas ou não. Se tivessem ganho as reivindicações todos seriam beneficiados.
Agora que o embate ainda permanece nos campos jurídicos e não esta definido a questão da greve, surge cada dia uma segregação a mais para trazer desconforto e sofrimento para toda a categoria, eu disse toda a categoria. O grevista se sente prejudicado porque teve seu salário descontado, forçado a cumprir jornadas de trabalho longas para por em ordem o calendário letivo. Tudo isso trabalhando ao lado do não grevista que também se sente prejudicado porque não fez greve e esta pagando também com o estres que se instalou na prefeitura de Paulínia.
Vamos refletir um pouco?
Pois bem pessoal.Vamos pensar um pouco. Quando houve uma paralisação dos professores, ainda na época do governo do Edson Moura. Lembro-me bem que a paralisação que foi em frente da Igreja São Bento não teve a adesão de 100% da classe e também me lembro que naquela ocasião houve negociação no mesmo dia por parte do governo que acabou dando mais de 80% de aumento para a os professores. Salientando que não houve punição por apenas um dia de paralisação. Quero mostrar com essa história que na época muitos que não aderiram ao movimento também foram favorecidos, porque o aumento foi para a categoria toda.
Outro acontecimento recente foi a luta das educadoras pelo reconhecimento profissional como professoras. Tenho certeza em afirmar que muitas educadoras não participaram e nem ao menos acreditavam que era possível tal reconhecimento. E graças as que permaneceram na luta, conseguiram hoje serem valorizadas depois de anos na justiça. Quero dizer com isso que não se pode fazer diferença das pessoas que pertencem a mesma classe. Porque na luta por melhores condições de trabalho abrange-se todos e não somente uma parte.
Respeito, União e Sabedoria é preciso.
Os grevistas merecem todo nosso respeito, porque foram eles que dedicaram uma parte da vida profissional para lutarem por direitos que são de todos. Ninguém foi para greve com discurso que se ganhassem seriam só para os grevistas. Queriam os benefícios para todos, independente de qualquer coisa. Além do mais isso é o que diz a lei. Estávamos lá lutando por todos. Agora querem mais uma vez fazer diferença de quem fez greve ou não? Isso é um absurdo, além de ser puro preconceito. Pelas minhas contas a grande maioria da educação aderiu ao movimento, então esse questionamento sobre a questão da pontuação parece partir de um grupo pequeno. Sugiro até pela questão de "Isonomia" que seja aplicada a vontade da maioria, como manda a "Democracia", mas que esse processo seja transparente.
Respeito a todos e sinto o dor e sofrimento de todos sem distinção de nenhuma espécie. Espero que reflitam sobre isso e pensem se vale a pena segregar pessoas por causa de um mísero pontinho. Cada um sabe onde aperta, mas acredito que todos gostariam de deitar a cabeça no travesseiro com a consciência tranquila. Sabendo que não prejudicou um companheiro de trabalho que também é pai e mãe de família como todos nós e que vai continuar do seu lado trabalhando horas a fio durante o próximo ano. Vamos aprender a nos unir, porque um povo segregado é facilmente dominado e subjugado. A história do mundo mostra isso. O Japão na história das guerras já chegou a invadir e dominar territórios da China, sabe porque? Na época a China pelo seu enorme tamanho tinha muitas dinastias e estados, mas não eram unidos, e com isso eram facilmente sub-julgados pelo pais vizinho que era infinitamente menor. Então fica aí a dica. Permaneçam unidos para não se tornarem escravos do sistema.
Comente a Matéria