Vender Bala - O Protesto - Greve dos Servidores de Paulínia
Vendendo Bala no Sinaleiro
Hoje é o dia 01 de julho de 2011 e após receber meu segundo holerite zerado ontem em meu local de trabalho, resolvi começar uma onda de protestos. Em conversa informal com uma colega de trabalho surgiu a ideia de vender balas no sinaleiro da Avenida José Paulino. Não querendo desmerecer quem executa essa atividade honesta, que muitas das vezes, é o único sustento de uma família. Mas sim uma forma de protesto pacífico para alertar a população e autoridades de Paulínia do que está acontecendo com o servidor público.
Vendendo bala no sinaleiro neste dia de feriado municipal, com pouco movimento. Em frente a Saborela consegui ganhar "R$ 8,10" em vinte minutos de trabalho. Com a intenção de protestar e chamar a atenção sobre os desmandos e punições sobre a greve, que o atual prefeito vem cometendo. Acabei descobrindo que na situação atual é melhor vender bala no sinaleiro.
É só fazer as contas. R$ 8,10 em vinte minutos é igual a R$ 24,30 em uma hora. No final de um dia de trabalho normal de oito horas vou conseguir ganhar R$ 194,4. Trabalhando somente vinte dias por mês, sem contar os fins de semana, vou conseguir ganhar a bagatela de R$ 3.888,00. Mais que o triplo do meu salário líquido que ganho hoje. E o melhor de tudo sem descontos de nenhum imposto. São R$ 3.888,00 livres na mão.
Quem disse que funcionário de Paulínia ganha bem, estava enganado. Quem realmente ganha bem é vendedor de bala em sinaleiro.
Xerife - Fazendeiro ( Ditador de Paulínia )
Realmente é uma vergonha para o atual prefeito "Xerife" que seus funcionários tenham que recorrer a trabalhos informais para complementar sua renda. Porque para lavar sua "honra", ousou cometer um desmando contra o servidor público. Enquanto ele tem a desculpa de que foi humilhado e tem que colocar sua honra em dia. As nossas crianças, filhos de todos os 800 funcionários que estão sem salário, estão passando necessidade.
O "Xerife" e mais ninguém do primeiro escalão da administração da prefeitura pensou nesta questão. Colocando as crianças dos servidores em situação de necessidade. Aí eu pergunto, quem é que está praticando o social. Social este que deixa mais de oitocentas famílias tendo de pegar cesta básica no Mercadinho Estrela Azul localizado no residencial Ipê. Enquanto o prefeito Pavan que é considerado entre um dos cinquenta mais ricos políticos do Brasil não faz nada e ainda pune o servidor cometendo injustiças sobre a greve.
Escola do Bom Retiro
A atual administração esta todos os dias colocando reportagens dizendo o que esta sendo feito de melhorias em Paulínia. Essa semana anunciou o início da construção da Escola do Bom Retiro, mas o que ele e toda a população esquece é que somente o prédio sozinho não funciona. Vai precisar de servidores públicos para trabalhar. Servidores esses que hoje estão sendo colocados a margem da sociedade paulinense. Não podendo nem mesmo comprar um danone para os seus filhos. Que pede sem saber que seu pai e mãe estão sofrendo represálias. Somente porque estava exercendo um direito que nossa constituição permite.
O frio
Muitos de nós estão sendo pegos de surpresa, porque com o desconto criminoso de nosso pagamento, muitos pais e mães não estão podendo vestir seus filhos com uma roupa de inverno. Não há dinheiro para comprar tais roupas e a alternativa é nossos filhos passarem frio, além de fome. Vamos ter que acabar lançando uma campanha do agasalho para o servidor mais bem renumerado da Região Metropolitana de Campinas. Isso de acordo com o "Xerife" é claro.
General - Estela Sigrist
Uma das maiores perseguidoras do alto escalão do Pavão-Xerife anda fazendo das escolas de Paulínia verdadeiros campos de concentração, onde basta ser funcionário grevista para ser perseguido e abusado. Cometendo-se todo tipo de desmando, assédio moral e constrangimento ilegal. Forçando o trabalhador a executar trabalhos além do que é permitido. Perseguindo e coagindo de forma covarde nossos companheiros. Pobre de espírito, a secretária Sigrist está transferindo colegas de lugares, já dificultando mais ainda o exercício da função. Porque não podemos esquecer que os grevistas estão sem receber e não tendo como pegar nenhum tipo de condução para ir trabalhar.
Coloca nossos companheiros na câmara de gás, sufocando e confundindo ainda mais os sentidos dos trabalhadores. Que muitas vezes esquecem de denunciar os mal tratos. Essa General-Estela a mando do Pavão-Xerife impõe terror e submissão a nossos companheiros de luta, que entrincheirados só esperam o momento em que vão poder contra-atacar. Para você General-Estela eu lanço um alerta, sua vida a frente da Secretaria da Educação está curta. Continue se achando intocável, porque quando nossas tropas baterem a sua porta, vamos expulsar você dessa cidade e nunca mais vai poder praticar seus crimes.
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